sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vestígios da noite

Carrego nos olhos a vermelhidão da insônia
Disparo palavras com certezas errôneas
Sou herói da minha própria vilania
Carrego a noite nas costas ignorando o dia
Em busca de sonos perfeitos
Na direção errada
Erro sempre os mesmos erros
Na ânsia da madrugada
Carrego na garganta vestígios da tosse
Virose que o dia se encarregou de me dar
Entrego ao futuro rabiscos da sorte
Corte nas asas de qualquer sonhar
A procura de verdade eu caminho na contramão
Esbarrando em incertezas
Conservo as dúvidas movido pela a razão
Já não vejo graça no vestido rosa
Nem na revolta popular que moveu faculdade
Guerra de babacas, que droga
Eu não preciso de uma surra de moralidade
A noite é venenosa demais pra mim
Provoca meu instinto com sua sutileza
Faz da minha fortaleza, dúvida sem fim
Brinca de fantasmas com todas minhas certezas

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